A Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (SID/MinC) participou nesta quarta-feira, dia 28 de abril, em Brasília, do lançamento da I Campanha Nacional de Promoção de Direitos Humanos e Prevenção à AIDS, idealizada pelas travestis da todo o país e que tem como título Sou travesti. Tenho direito de ser quem sou. O lançamento da campanha foi feito durante o I Seminário Nacional de Gestores e Trabalhadores no Combate à Homofobia que acontece de 27 a 30 de abril, no Hotel St. Peter, e contou com a presença de Thaís Werneck, da Coordenação de Promoção da Diversidade, Difusão e Intercâmbio Cultural (SID).
A Campanha é uma iniciativa do Ministério da Saúde e da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República e tem como objetivo sensibilizar a sociedade contra o preconceito e a discriminação, além de informar as travestis sobre as formas de prevenção da doença. Todo o material publicitário da campanha, como cartazes e folders, telas de descanso e toques de celular, além de vídeos, foram produzidos pelas próprias travestis durante uma oficina de criatividade realizada de 16 a 18 de janeiro, em Brasília, que contou com a participação de 16 representantes do segmento de todo o país.
Elas utilizaram as peças publicitárias para mostrarem que são pessoas comuns, que trabalham, estudam e possuem famílias. Com o slogan Olhe, olhe de novo, e veja além do preconceito, os vídeos da campanha mostram, por exemplo, quais os fatores que influenciam na escolha do nome social das travestis.
Para Jovana Baby, presidente da Articulação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), “o governo brasileiro entendeu que o segmento, mais deixado à margem da sociedade, tem qualidade para produzir material que ajude a sociedade a entender melhor o objetivo da campanha”. Ainda segundo ela, o movimento organizado do segmento, que protagoniza pela primeira vez a campanha, foi o principal responsável por essa aproximação com o governo. “A nossa participação é fundamental até na capacitação de gestores públicos para lidar com situações de saúde vividas, no dia a dia, pelas travestis”, assegura ela.
Esta é a segunda campanha realizada pelo Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde voltado especificamente para o segmento. A primeira, “Travesti e Respeito”, foi lançada em 29 de janeiro de 2004. Nesta data, consagrada como o Dia da Visibilidade das Travestis, 27 delas fizeram o lançamento da campanha no Congresso Nacional.
A campanha visa também a promoção da inserção social e a imagem positiva das travestis, além de disseminar o conhecimento sobre as formas de prevenção às DST/AIDS, além do combate à violência e à discriminação. “Na vida real, elas não são vistas, não são ouvidas. Ao produzir esse material elas passam a ser as protagonistas de sua própria história”, justifica Mariângela Simão, diretora do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.
Confira o material da campanha no site www.aids.gov.br/travestis.
(Heli Espíndola – Comunicação/SID)
(http://www.cultura.gov.br/site/2010/04/28/diversidade-sexual-4/)
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