Rolando na Rede - Maria Helena: O Globo: "Rolando na Rede
Saqueiam cargas de veículos acidentados nas estradas.
Estacionam em vagas exclusivas para deficientes.
Subornam ou tentam subornar quando são pegos cometendo alguma infração.
Trocam votos por qualquer coisa, cimento, dentadura, tênis.
Falam ao celular enquanto dirigem.
Trafegam pela direita nos acostamentos.
Param em filas duplas ou mesmo triplas em frente a escolas.
Violam a lei do silêncio.
Dirigem após consumirem bebida alcoólica.
Furam filas nos bancos utilizando as mais esfarrapadas desculpas.
Espalham mesas e churrasqueira nas calçadas ao som que vem altíssimo de carros com a porta traseira aberta.
Pegam atestados médicos sem estar doentes, só para faltar ao trabalho.
Fazem gato de luz, de água e TV a cabo.
Não respeitam faixa de pedestre. E os pedestres atravessam fora da faixa.
Estacionam nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas de proibição.
Não têm a mínima idéia do significado dos feriados, só que são dias quando não se trabalha.
Registram imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.
Não respeitam grávidas, idosos e crianças nos transportes públicos.
Compram recibos para abater na declaração do imposto de renda.
Declaram outra cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas.
Compram mais de um carro para fugir ao rodízio.
Quando viajam a serviço da empresa, se um almoço custa 25, pedem nota de 50.
Comercializam objetos doados em campanhas de solidariedade em catástrofes.
Transformam ruas e calçadas em depósito de lixo.
Adulteram o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse menos rodado.
Compram produtos piratas com a plena consciência de que são piratas.
Substituem o catalisador de carros, ônibus e caminhões por um que só tem a casca.
Diminuem a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem.
Não recolhem o cocô de seus cachorros nas calçadas.
Transformam bandidos em heróis.
Declaram-se católicos, mas num feriado dia santo pensam na praia, não na igreja.
Emplacam o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.
Freqüentam os caça-níqueis e fazem fezinha no jogo de bicho.
Levam das empresas onde trabalham pequenos objetos como clipes, envelopes, canetas, lápis, como se isso não fosse roubo.
Vivem em áreas de risco, mas a culpa pelo desastre é das autoridades.
Comercializam vales transporte e refeição que recebem das empresas onde trabalham.
Falsificam de tudo, tudo mesmo, só não falsificam aquilo que ainda não foi inventado.
Fingem ter mais idade para se privilegiar em filas de banco, correios, cinema.
Ao voltar do exterior, nunca falam a verdade quando o policial pergunta o que trazem na bagagem.
Quando encontram algum objeto perdido, não devolvem.
Mostram-se indignados quando os políticos são pegos com a boca na botija."
Saqueiam cargas de veículos acidentados nas estradas.
Estacionam em vagas exclusivas para deficientes.
Subornam ou tentam subornar quando são pegos cometendo alguma infração.
Trocam votos por qualquer coisa, cimento, dentadura, tênis.
Falam ao celular enquanto dirigem.
Trafegam pela direita nos acostamentos.
Param em filas duplas ou mesmo triplas em frente a escolas.
Violam a lei do silêncio.
Dirigem após consumirem bebida alcoólica.
Furam filas nos bancos utilizando as mais esfarrapadas desculpas.
Espalham mesas e churrasqueira nas calçadas ao som que vem altíssimo de carros com a porta traseira aberta.
Pegam atestados médicos sem estar doentes, só para faltar ao trabalho.
Fazem gato de luz, de água e TV a cabo.
Não respeitam faixa de pedestre. E os pedestres atravessam fora da faixa.
Estacionam nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas de proibição.
Não têm a mínima idéia do significado dos feriados, só que são dias quando não se trabalha.
Registram imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.
Não respeitam grávidas, idosos e crianças nos transportes públicos.
Compram recibos para abater na declaração do imposto de renda.
Declaram outra cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas.
Compram mais de um carro para fugir ao rodízio.
Quando viajam a serviço da empresa, se um almoço custa 25, pedem nota de 50.
Comercializam objetos doados em campanhas de solidariedade em catástrofes.
Transformam ruas e calçadas em depósito de lixo.
Adulteram o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse menos rodado.
Compram produtos piratas com a plena consciência de que são piratas.
Substituem o catalisador de carros, ônibus e caminhões por um que só tem a casca.
Diminuem a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem.
Não recolhem o cocô de seus cachorros nas calçadas.
Transformam bandidos em heróis.
Declaram-se católicos, mas num feriado dia santo pensam na praia, não na igreja.
Emplacam o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.
Freqüentam os caça-níqueis e fazem fezinha no jogo de bicho.
Levam das empresas onde trabalham pequenos objetos como clipes, envelopes, canetas, lápis, como se isso não fosse roubo.
Vivem em áreas de risco, mas a culpa pelo desastre é das autoridades.
Comercializam vales transporte e refeição que recebem das empresas onde trabalham.
Falsificam de tudo, tudo mesmo, só não falsificam aquilo que ainda não foi inventado.
Fingem ter mais idade para se privilegiar em filas de banco, correios, cinema.
Ao voltar do exterior, nunca falam a verdade quando o policial pergunta o que trazem na bagagem.
Quando encontram algum objeto perdido, não devolvem.
Mostram-se indignados quando os políticos são pegos com a boca na botija."
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