do Diálogos Políticos
Um novo concorrente para o Facebook já tem data para estrear: 15 de setembro. Trata-se do Diaspora, uma rede social construída em código aberto.
Na quinta-feira (26/8), os desenvolvedores do serviço anunciaram no blog oficial que o produto já estava pronto para uso, e que estavam muito felizes com o resultado final. Apesar dessas declarações, há poucas informações a respeito do Diaspora. Nada se sabe sobre sua aparência ou quanto a suas funcionalidades.
Rede social open source
O Diaspora serviria como uma alternativa para Facebook, Twitter e outras sites semelhantes, permitindo ao usuário fazer o mesmo a que já está acostumado, como compartilhar fotos, ideias, links etc. Para popularizar-se, o serviço poderia ser baixado na forma de um software e instalado no site do próprio internauta, ou em um provedor de hospedagem, como o Go Daddy.
Para quem preferir usá-lo como um portal comum, a equipe planeja lançar uma versão em que o acesso será bem simplificado. No entanto, não está claro quando esta opção estará disponível. Em princípio, parece que os desenvolvedores têm uma estratégia clara para conquistar a simpatia dos internautas: dar a eles o controle sobre os dados que compartilham na rede, hospedando suas informações em um servidor de sua escolha e confiança.
Recursos
No começo, o Diaspora só deverá ter funções básicas. De acordo com o site do projeto, uma das principais ferramentas permitirá ao usuário importar seus dados das grandes redes sociais – Facebook, Twitter, Flickr – diretamente para o serviço open source, e atualizar seu perfil e se comunicar com os outros a partir de qualquer site que tenha o aplicativo do programa instalado.
Logo em seguida, alguns recursos devem ser adicionados. Fala-se em integração com o Open ID (sistema de identificação livre) chamadas por VoIP (voz sobre IP) e mensagens instantâneas. A rede também suportará aplicativos de terceiros, com um método de funcionamento semelhante ao dos complementos do WordPress.
Como tudo começou
O projeto teve seu início na mesma época em que o Facebook sofria as maiores críticas quanto aos seus problemas de privacidade e personalização. Liderado por quatro estudantes da Universidade de Nova York, começou como um trabalho despretensioso durante o verão americano. No entanto, depois do destaque que conseguiram na mídia, e um aporte de 200 mil dólares, o Diaspora passou a ser levado a sério. Dois dos universitários, inclusive, adiaram seus estudos por tempo indeterminado de modo a direcionarem seus esforços ao futuro da rede social.
A pergunta que persiste, no entanto, é se em algum momento essa iniciativa poderá, ao menos, chegar perto de desafiar o domínio do Facebook com seus 500 milhões de membros. Talvez a importância do Diaspora não seja competir em pé de igualdade com o gigante, mas oferecer uma alternativa aos que se sentem incomodados com a política de privacidade da rede do Zuckerberg e, mais do que isso, mostrar que o Facebook não é definitivo e que há espaço para mudanças.
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