Em junho, 11 casos de abuso contra menor, sendo cinco de pais que abusaram dos próprios filhos, foram levados a público.
O caso do lavrador José Agostinho Bispo Pereira, 59 anos, assumiu manter relações sexuais com a filha, Sandra Maria Monteiro, 28 anos e também das filhas-netas de 5 e 7 anos.
Mais tarde descobriu-se que a filha mais velha, Maria Sandra Monteiro, 31 anos, também foi vítima de abuso. Ele foi preso dia 8 de junho.
O caso do lavrador, ocorrido em Experimento, povoado de Pinheiro, suscitou outras denúncias. Apenas uma semana após, foi preso na zona rural de Pinheiro o também lavrador Raimundo Pimentel Correia, 69 anos.
Em caso semelhante, ele foi acusado de abusar sexualmente da filha de 12 anos. Os cinco filhos, com idades entre 10 a 16 anos também estupravam a adolescente.
Dia 25, José Raimundo Pereira, o “Bueiro”, 37 anos, foi preso por molestar a filha de 10 anos.
Em Barreirinhas, outro caso de um pai que abusava da filha de 14 anos.
Na capital, mais dois casos, um envolvendo um policial militar. Denúncias surgiram de casos nos municípios de Paulino Neves, Serrano e Presidente Vargas.
Dia 30 de junho foi preso no povoado Lago Bonito, em Riachão, o lavrador Martins da Conceição, 61 anos. Ele abusava e mantinha em cárcere privado a filha Maria Dalva, 31 anos. Maria Dalva tem sete filhos – três meninas e quatro meninos, com idades entre 15 anos a nove meses de vida.
A polícia desconfia que sejam frutos de incesto, ela nega. A mãe, de 70 anos, que morava com ela, também nega o crime do marido.
O mais recente, de Pinheiro, o pastor José Pedro Campos Coelho, 60 anos, estuprou duas adolescentes de 15 e 16 anos. Em depoimento, o pastor justificou terem sido as jovens “escolhidas pelo Espírito Santo”. Ele está preso.
Decorrente do grande número de denúncias, a CPI da Pedofilia, coordenada pela deputada estadual Eliziane Gama, se voltou para o caso do lavrador Agostinho, de Pinheiro.
Uma comissão foi ao município e conheceu a situação de miséria e desamparo vivida pela família do lavrador.
Sem acesso aos órgãos de proteção e sem conhecimento de seus direitos, as duas filhas do lavrador foram vítimas fáceis dos abusos, avaliou a deputada.
Por conta deste caso, a CPI recebeu mais uma série de denúncias.
Os casos de pedofilia no Maranhão colocam o estado em segundo lugar no ranking de ocorrências, segundo o Disque-Denúncia. O serviço foi responsável por levar à CPI da Pedofilia 300 registros de abuso contra menor, em apenas seis meses.
A estatística revela a média de 50 registros por mês. Dos 300, a CPI investigou 34 e interrogou 98 pessoas.
Fonte: O Imparcial online
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