Se tem alguém que já experimentou de tudo nesta eleição, que ainda nem começou, este alguém foi o presidente do PPS, o sem-votos Paulo Matos. O partido comandando por ele começou defendendo a candidatura do tucano Roberto Rocha ao governo. Passou dois meses nesse vai-não-vai e como o deputado não foi, alegando já ter dado sua cota de sacrifício em 2002 quando reunciou a candidatura ao Palácio dos Leões em favor de Jackson Lago (PDT), o PPS resolveu encampar a candidatura própria. Àquela altura apenas para se valorizar no processo eleitoral.
O nome escolhido para encarar a aventura foi do polêmico professor Altemar Lima, vereador em Alto Alegre do Pindaré. Como a proposta não tinha rumo, Paulo Matos começou a negociar um espaço no governo Roseana Sarney (PMDB). A governadora topou nomear o procurador Valdênio Caminha, indicado por Matos, para a Secretaria de Administração. Ele ocuparia o lugar de Luciano Moreira, que acabara de deixar o cargo para se aventurar nas urnas.
O presidente do PPS levou a iniciativa às últimas conseguências, apesar de desmenti-la em blogs e jornais “balaios”. Foi até o presidente nacional, Roberto Freire, que vetou a iniciativa. Ou seja, Paulo Matos vendeu um produto que não poderia entregar.
O partido então partiu para o apoio a Jackson Lago. Em troca ganhou a Secretaria do Orçamento participativo na Prefeitura de São Luís. Ficou nessa situação até às vésperas do prazo final das convenções, quando deixou o ex-governador “a ver navios” no aeroporto Cunha Machado esperando para ser aclamado na convenção do PPS (reveja). Na semana passada ele foi demitido peo prefeito da capital João Castelo (PSDB), um dos principais aliados do pedetista.
O partido, porém, acabou decidindo pelo apoio a Flávio Dino (PCdoB). Era o final da manhã da quinta-feira, 1º de julho. Paulo Matos, que pela manhã defenfia o apoio a Jackson Lago na covenção do PPS realizada em Bacabal, à tarde já estava na convenção do PCdoB beijando e abraçando o comunista. Foi vaiado quando defendeu o nome do presidenciável tucano José Serra. Mas conseguiu emplacar o irmão Sérgio Matos primeiro suplente de José Reinaldo (PSB).
Pelo jeito, um mau negócio!
Outro lado
O presidente do PPS confirmou ao blog todas as movimentações já citadas, mas diz que apenas cumpriu determinações do partido. “Havia o sentimento de parte do PPS de ir com ela (Roseana), mas não era a minha vontade pessoal. Há uma grande rejeição a Jackson pela forma como fomos tratados quando ele esteve no governo. O partido sempre esteve aberto a dialogar com outras forças”, explicou.
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