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Foram registrados cerca de 30 mil casos de pessoas com dependência química na rede de atendimento referencial de São Luis em 2011


“Não existe cura para a dependência química. Há uma melhora do quadro e controle do problema”. A afirmação é da psiquiatra Lisieux Carvalho Campos, coordenadora do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPs-AD) da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) e que há mais de 30 anos atua na área de saúde mental. Foram registrados cerca de 30 mil casos de pessoas com dependência química na rede de atendimento referencial da capital em 2011. O número deve aumentar em até 3%, segundo estatística do CAPs-AD.

“Nosso trabalho vem sendo desenvolvido em sintonia com as mais atualizadas recomendações do Ministério da Saúde. Com a entrada em massa do crack nas cidades, nossa missão é ainda maior, pois estamos diante de uma droga que age mais rapidamente. Oferecemos apoio aos dependentes e familiares para que possamos salvar vidas e recuperar cidadãos”, afirmou o secretário de Saúde do Município, Gutemberg Araújo. “E para ampliar o atendimento nessa área, vamos inaugurar, até março, um Centro específico para crianças e adolescentes com transtornos mentais e dependentes de álcool e outras drogas”, adiantou.

Prevenção, assistência e reinserção social são os três pilares da metodologia do CAPs-AD para tratar dependentes químicos. O trabalho desenvolvido pela Semus se baseia no Plano de Políticas do Ministério da Saúde para o setor. Campanhas educativas nas escolas de ensino fundamental – por meio do Programa de Prevenção e Educação em Saúde Mental (Proesam) – estão entre as ações realizadas na área de prevenção.

Para que um dependente de drogas possa melhorar, dois fatores são fundamentais: vontade própria do paciente e apoio familiar. “Sem esses dois fatores agindo juntos, o trabalho das unidades de referência para tratamento de dependentes não terá efeito satisfatório”, destacou Lisieux Campos.

A informação é a principal ferramenta para a prevenção, segundo dados do Centro.  “Quanto mais informada, mais a pessoa vai evitar envolver-se sabendo do mal que lhe causará”, explica a psiquiatra. O trabalho também é feito na Rede de Atenção Básica, porta de entrada do sistema de saúde.

Tratamento - O CAPs-AD recebe em média cinco novos casos por dia. São pessoas que procuram o local espontaneamente ou vêm encaminhados por outras instituições. No Centro, elas são submetidas a processo de admissão que inclui entrevista e exame clínico.

O tratamento é feito com base em atividades socioeducativas, oficinas terapêuticas e clínico. O medicamento é utilizado apenas nos casos em que o paciente apresenta transtornos psicóticos. As ações se estendem à família do paciente, que participa de atividades de inclusão promovidas pela equipe do Centro, por meio de visitas domiciliares.

É preciso ter cuidado com clínicas e entidades que se preocupam apenas com o tratamento, sem considerar as ações de prevenção e, principalmente, do retorno deste doente ao convívio social. “Somamos com estes institutos, levando nossa política de abordagem, que funcionam como um complemento ao tratamento”, afirmou Lisieux.

O ponto alto do tratamento é a reinserção do paciente ao convívio social, com base em parcerias com órgãos públicos e iniciativa privada. De acordo com as estatísticas do programa, sem o apoio da família não há como atingir total êxito no tratamento. A família funciona como estímulo para que o paciente prossiga e siga as orientações dadas.
A diretora do CAPs-AD faz um alerta: “O resgate da cidadania do dependente químico deve ser o foco de todo o processo de tratamento. Uma vez retornando à sociedade, ele retorna ao trabalho e tem de volta sua condição de cidadão”.

Perfil do dependente - As pessoas mais suscetíveis a se tornarem dependentes químicos são adultos com idades entre 18 e 30 anos e empregados. Nos últimos dois anos, cresceu o número de dependentes de álcool e crack, a droga que mais tem atraído mulheres, na faixa de 35 a 55 anos, e crianças de 9 a 12 anos.

Nos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas atua uma equipe multidisciplinar, composta de médicos, psicólogos, psiquiatras, terapeutas ocupacionais e enfermeiros. O CAPs-AD de São Luís funciona das 8h às 17h, no São Francisco (Rua das Figueiras,s/n), e atende pacientes com problemas causados pela ingestão de álcool e consumo de entorpecentes.

O paciente passa por três níveis: intensivo (permanência diária), semi-intensivo (três vezes por semana) e não-intensivo (uma vez por semana para realização de atividades socioeducativas até que receba alta e fique apenas no acompanhamento).

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