O Google anunciou que fez na semana passada o seu primeiro investimento direto no setor de energia renovável. Através de um post em seu blog, a gigante de buscas afirmou ter investido US$ 38,8 milhões em duas fazendas produtoras de energia eólica.
As duas fazendas possuem 113 turbinas de 80 metros de altura cada. As instalações foram feitas na Dakota do Norte, nos Estados Unidos, e poderão trazer um retorno de 169.5 megawatts – segundo a empresa, a quantidade seria suficiente para abastecer 55 mil casas. O Google, porém, não irá utilizar essa produção para seu abastecimento direto.
A energia será dividida entre as fazendas Ashtabula 2, no condado Barnes (com produção de 120-megawatts), e Wilton Wind 2, no condado Burleigh (com 49.5-megawatts).
A construção das turbinas ficou a cargo da NextEra Energy Resources e elas podem ter os ângulos ajustados para garantir eficiência máxima em cada pá.
O Google já vinha investindo em fontes renováveis de energia por meio de seu projeto filantrópico, o Google.org. A gigante de buscas faz parcerias com pequenas empresas, ainda em fase inicial, com energia solar, como no caso da BrightSource Energy e da eSolar. “Para alcançar um futuro de energia limpa, precisamos de três coisas: política eficaz, tecnologia inovadora e inteligente capital”, diz o comunicado.
Web via de rede elétrica
Com a permissão de distribuir e comprar eletricidade, o Google abre as portas também para um possível desenvolvimento de projeto de internet via rede elétrica, o PLC (Power Line Communications), que permitiria maior inclusão digital.
No Brasil, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e a Anatel (Agência de Telecomunicações) já deram o aval para a implementação do serviço no país. A internet via tomada promete democratizar o uso da web, pois mais de 90% da população brasileira tem acesso à eletricidade.
Comunidades em áreas rurais e de baixa renda, por exemplo, poderão usufruir o sistema. Além disso, a novidade irá estimular a competição em um mercado dominado pelas empresas de telefonia fixa. Hoje, o serviço de banda larga é restrito a 11 milhões de assinantes.
Mas, as empresas interessadas em explorar esse serviço apontam dificuldades por causa de restrições impostas pela Aneel. Segundo elas, o problema está na regra na regulamentação da exploração dessa tecnologia, que estabelece que as distribuidoras de energia realizem uma concorrência pública para escolher, pelo menor preço, a empresa de telecomunicações que prestará o serviço. Porém, as distribuidoras não querem correr o risco de serem obrigadas a ceder sua rede para uma outra empresa, fora do próprio grupo.
O Google já havia demonstrado seu interesse no mercado de eletricidade ao oferecer o serviço Google PowerMeter. A ferramenta obtém leituras de medidores digitais “inteligentes” e de outros aparelhos, com o objetivo de revelar o consumo da casa e ajudar as pessoas a fazer as escolhas para economizar e diminuir as emissões de gases do efeito estufa das geradoras.
Mais investimento
Outro filão em que o Google está de olho é o de pagamentos online. Após ter anunciado nos últimos dias sua sétima aquisição em 2010: a Bump Technologies, especializada em 3D, a Google Ventures investe agora em uma companhia pouco conhecida, com foco em pagamentos online.
A Cordouro envolve serviços de pagamentos no mundo digital pra transações de varejo tradicionais, via internet e dispositivos móveis. Segundo informações do IDG Now!, a companhia oferece um gateway que os comerciantes podem usar para aceitar pagamentos online com cartões de crédito.
A página de investidores do site, no entanto, contém um parágrafo descrevendo a Google Ventures. As duas empresas não comentaram sobre a negociação e ainda não há detalhes sobre o valor investido na empresa.
Redação Adnews
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