Bichos escrotos!
Existe semelhança entre Periquito e Político? Sim. Ambos só aparecem em épocas propícias para a sobrevivência das respectivas espécies: os pássaros em época de manga, os políticos no período das campanhas eleitorais.
Outra semelhança está na algazarra provocada por eles. Os Periquitos emitem sons estridentes que denotam alegria em virtude da fartura de alimentos, enquanto os políticos também fazem uma barulheira estrondosa na tentativa de convencer os eleitores a votarem neles.
Passado o período das mangas e da caça aos votos eles desaparecem. As aves migram para outras localidades onde possam encontrar alimentos. Já os políticos, tanto os derrotados quanto os eleitos, após a divulgação dos resultados só voltam a dar as caras à medida que se aproxima uma nova eleição.
Essa é a regra, e como tal, admite exceções, pois, existem aqueles que se mantêm vigilantes aos problemas dos territórios onde são votados. Ganhando ou perdendo, nunca deixam de dar atenção às suas bases eleitorais.
Passemos então das semelhanças para as diferenças. Periquitos são aves graciosas, admiráveis, alegres e inofensivas, ao passo que os “maus” políticos são, predominantemente, seres abomináveis, perigosos, oportunistas, mesquinhos, inúteis e insensíveis.
Justiça seja feita: existem as honrosas exceções. Porém, acreditar na classe política, torna-se a cada dia uma tarefa que exige um esforço hercúleo. Entretanto, existem ações que geram otimismo, como por exemplo, a iniciativa popular que culminou com a aprovação da “Lei da Ficha Limpa”. Porém, por conta da burocracia e da benevolência das Leis brasileiras os efeitos dessa ação ainda estão por vir.
Autores e beneficiários de mensalões, mensalinhos, dólares na cueca, compra de votos e outros crimes de elevada gravidade dificilmente serão impedidos de se candidatarem nas eleições do ano que vem. Dessa forma, em 2012, novamente as ruas dos 5.564 municípios brasileiros serão invadidas por uma corja de políticos de todos os naipes: coronéis da política, donos de currais eleitorais, jurássicos da vida pública, conhecidos “Fichas Sujas”, veteranos larápios e hábeis usurpadores do patrimônio público irão reaparecer com a maior cara de pau, se propondo a serem os “salvadores da pátria”. Dá nojo, causa revolta.
É hora de mudar. A temporada de caça ao voto já começou. Mas, os eleitores terão ainda doze meses para ouvir os discursos e comparar o passado de cada candidato. É tempo mais do que suficiente para decidir se querem políticos donos de fichas criminais ou se preferem candidatos com currículos que os credenciem a pleitear cargos públicos.
Votar em candidatos criminosos significa compactuar com os crimes por eles cometidos. Periquitos são pássaros graciosos e admiráveis. Maus políticos são animais predadores: corroem as instituições, corrompem a sociedade, matam e escorraçam. São “bichos escrotos”. Os “maus” políticos.
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