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Nós pensamos sobre coisas que pensamos que não pensamos

Nós pensamos sobre coisas que pensamos que não pensamos



Agir no automático

As pessoas pensam sobre coisas que eles pensam que não pensam.

Se você pensa que isto é complicado, lembre-se da famosa expressão "fazer as coisas no automático".

Gordon Logan e Mateus Crump, da Universidade de Vanderbilt, nos Estados Unidos, afirmam que, quando pessoas tecnicamente qualificadas - sejam cirurgiões, carpinteiros ou pilotos de avião - executam ações sem pensar, essas ações são na verdade extremamente controladas.

A descoberta traz informações essenciais para o longo debate sobre se as pessoas altamente qualificadas de fato fazem as coisas "no automático" ou se elas pensam nessas ações.

Ligação entre intenção e ação

Estudos anteriores sugeriram que um motorista experiente não controla conscientemente o carro que dirige. Esses estudos apontaram casos nos quais as pessoas pretendem fazer uma coisa mas acabam fazendo outra.

Mas a nova pesquisa, que usou um teste simples de datilografia, chegou à conclusão contrária.

"Nossa pesquisa mostra uma ligação muito forte entre a intenção e o gesto, o que sugere que o controle consciente não é uma ilusão," afirma Logan. "Nas atividades altamente qualificadas, como na digitação, intenção e ação estão fortemente associadas."

Teste de datilografia

Logan e Crump avaliaram 72 digitadores, cada um com cerca de 12 anos de experiência. Nos três experimentos, estes datilógrafos experientes digitavam palavras mostradas a eles, uma de cada vez, na tela do computador, e suas respostas apareciam logo abaixo na tela.

Os pesquisadores então introduziam erros sutis, para ver se os digitadores iriam detectá-los. E, em outros casos, eles secretamente corrigiam os erros cometidos pelos digitadores.

Em ambos os casos, as respostas foram aferidas através da medição da velocidade com que as palavras eram digitadas.

Logan e Crump verificaram que os datilógrafos não diminuíam seu ritmo depois que um erro era secretamente introduzido, embora os digitadores pensassem que tinham mesmo cometido o erro. Mas quando os datilógrafos cometiam erros, seus dedos diminuíam de velocidade, quer os pesquisadores corrigissem os erros ou não.

Os pesquisadores concluíram que isso acontece porque existem dois processos diferentes, um que cria e outro que detecta os erros. "O 'loop externo', ou a parte pensante do processo, tenta decidir se o 'loop interno', ou a parte prática do processo, está certo ou errado," disse Logan.

Ele afirma que o "loop interno" - o fazer - olha para as mãos, os dedos e a sensação do teclado para decidir se a ação está correta.

Conhecimento da verdade

"A ilusão da autoria foi a coisa mais surpreendente," diz Logan. "As pessoas pensavam que tinham digitado corretamente se a tela mostrava a palavra correta, e pensavam que digitaram incorretamente se a tela mostrava a palavra errada, apesar de seus dedos 'saberem' a verdade".

Esse "conhecimento da verdade", interpretam os cientistas, prova que as habilidade que as pessoas executam sem pensar são altamente controladas.

Logan e Crump argumentam que o controle é hierárquico. A parte da pessoa que pensa se baseia em feedbacks diferentes da parte que executa. Mas os dois tipos de feedback, em conjunto, permitem que as pessoas atinjam conscientemente graus de grande precisão e velocidade.

Localizador de erros

Logan e Crump descartam uma possibilidade alternativa de que exista apenas um processo que detecta erros. Eles alegam que, se houvesse apenas um processo, então o relato consciente deveria corresponder ao que os dedos fazem.

Os datilógrafos deveriam diminuir a velocidade sempre que percebessem um erro, e digitarem a toda velocidade sempre que verificassem uma resposta correta.

Em vez disso, os pesquisadores descobriram uma incompatibilidade entre os relatos da consciência e do comportamento, sugerindo dois processos de detecção de erros.

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