Meus amigos e minhas amigas.
Peço que leiam o artigo do jornalista Paulo Nogueira, tucano convicto, foi editor assistente da Veja, editor da Veja São Paulo, diretor de redação da Exame, diretor superintendente de uma unidade de negócios da Editora Abril e diretor editorial da Editora Globo. Vive em Londres e é o responsável pelo sitio Diário do Centro do Mundo, portanto, longe de qualquer suspeita.
Imagens da televisão – não da Globo, naturalmente — parecem mostrar que Serra foi, na verdade, vítima de um atentado de bolinha de papel. Quando parecia impossível superar a infâmia de Monica Serra na “morte das criancinhas”, eis que seu marido aparece e a bate. Serra optou pelo pior caminho: o da derrota associada a abjeção. Como disse Cícero a Catilina na Roma antiga, até quando ele continuará a abusar de nossa paciênca? Agradeço os esclarecimentos, mandados por leitores prestativos. Decidi manter o texto original, acompanhado desse intróito, por refletir minha visão no calor dos acontecimentos.
SE alguém se surpreendeu com as últimas pesquisas, que parecem consolidar a caminhada de Dilma rumo ao Palácio do Planalto.
Eu não.
A campanha de Serra é repulsiva, e acabou por afugentar do PSDB gente que, como eu, tradicionalmente opta pelo partido.
O episódio de ontem no Rio é apenas mais um de uma lista de pequenas trapaças de Serras. Ele é provavelmente a primeira pessoa no mundo a fazer tomografia por receber uma fita crepe na cabeça. O médico que o atendeu disse, constrangido, que o exame acusara o que todo mundo já sabia. Não havia problema nenhum.
Serra aproveitou para fazer fotos no hospital, em meio a extemporâneas e descabidas declarações de paz e amor hippie. “Não entendo política como violência”, disse ele. Serra entende política como uma forma de triturar todo mundo para chegar à presidência. O melhor quadro do PSDB para suceder FHC era Pedro Mallan, que foi sabotado de todas as formas por Serra.
Serra quer ser muito ser presidente. O problema é que os brasileiros não querem que ele seja.
Em farisaísmo, a tomografia da fita crepe equivale à célebre frase de Monica Serra segundo a qual Dilma é a favor de matar criancinhas. Não conheceríamos a capacidade de jogar baixo de Monica se um repórter não estivesse presente para registrar a ação maldosa da candidata a primeira-dama.
Dilma deve ganhar menos pelos seus méritos e até menos pelo apoio do Lula do que pelos vícios da campanha vale-tudo de Serra.
Ele tem que sair de cena para que o PSDB se renove.
É possível que ele arraste Aécio na queda, agora que repousam sobre o mineiro as esperanças de operar uma reviravolta. Dilma bateu Serra no primeiro turno, e Aécio disse que vai mudar isso. Faz alguns mandatos já que quem ganha em Minas leva a presidência, e por isso as esperanças se reabriram.
Só falta Aécio combinar com os mineiros.
A última pesquisa mostra que a distância de Dilma sobre Serra em Minas se ampliou em vez de diminuir.
Serra talvez possa culpar Aécio se a virada não aparecer, eassim prosseguir, como um interminável Galvão da política, mais alguns anos em sua louca cavalgada rumo à presidência, num titânico duelo de vontades contra os brasileiros.
Depois de pedir direito de resposta no Twitter; de supor que uma bolinha de papel pesasse meio quilo e de se apropriar da autoria da Lei do FAT, o candidato tucano consegue desagradar até seus pares no PSDB. Será que ainda há uma saída honrosa para o candidato?
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