Os desafios do PT que sai das urnas
FONTE: BLOG do: Blog do Robert Lobato
Poderia ter sido pior. O Partido dos Trabalhadores, aqui no Maranhão, conseguiu um resultado eleitoral sensivelmente melhor, ao menos do ponto de vista quantitativo, em relação a 2006.
Elegeu três deputados estaduais (Bira do Pindaré, Zé Carlos e Francisca Primo) e voltou a garantir uma vaga na Câmara Federal com a reeleição heróica do companheiro Domingos Dutra.
Não obstante o partido não contar mais, a partir do ano que vem, com a contundência e inteligência de uma Helena Heluy, e com a garra e radicalidade de um Valdinar Barros, o partido poderá apostar numa atuação qualificada dos companheiros Bira do Pindaré e Zé Carlos, dois bancários oriundos da Caixa Econômica Federal (CEF). Bira foi forjado na luta sindical e partidária, já o seu colega de banco traz na bagagem alguns anos de experiência na estrutura burocrática da CEF, sobretudo como superintendente.
Na Câmara, o Maranhão e o Brasil vão poder contar mais uma vez com a atuação parlamentar irreparável de Domingos Dutra. O petista é aquele tipo de deputado que orgulharia qualquer estado que representasse. Ainda bem que somos nós, maranhenses, os felizardos.
Ocorre que o PT trouxe uma novidade nestas eleições – e que novidade! Além de três deputados estaduais e um federal, o partido também elegeu o vice-governador do Estado, feito inédito e inimaginável na história do PT maranhense – aos menos da forma como se deu.
A partir de 1º de janeiro de 2011, o ex-suplente de deputado federal, Washington Luiz, assume o posto de vice-governador ao lado de Roseana Sarney. Não se sabe ainda o grau de confusão que teremos até lá, mas com certeza teremos grandes emoções petistas daqui a poucos meses.
Dos cinco eleitos (três estaduais, um federal e o vice-governador) o grupo de Washington Luiz leva vantagem de um, já que dois deputados estaduais tendem a participar imediatamente da base do governo, fortalecendo, assim, a posição do vice.
Contudo, o grande desafio posto ao futuro vice-governador é não ficar condenado a ser mero portador de um ilustre contracheque. Um comportamento ao estilo José Alencar já seria de bom tamanho, ou seja, ser leal, mas de vez enquanto dar um “pitaco”, chamar a atenção do governo quando esse estiver errando, fortalecer os correligionários etc.
Mas se os companheiros que saíram eleitos das urnas têm cada um os seus desafios e responsabilidades, o próprio partido tem muito mais.
Por exemplo: como enfrentar a realidade do partido ser governo – agora mais do que nunca – e possuir uma boa parte organizando uma oposição sistemática na sociedade? Há algum espaço para o diálogo com o futuro governo Roseana Sarney? E quem apostou até o último momento no projeto liderado pelo ex-candidato Flávio Dino ou no liderado de Jackson Lago, deve continuar no partido ou bater em retirada? Enfim, o que fazer?
Penso que essas são algumas das questões fundamentais que terão que ser enfrentadas pelo PT e pelos petistas maranhenses, logo após o segundo turno das eleições presidenciais.
É como disse anteriormente: teremos grandes emoções petistas vindo por aí…
Comentários
Postar um comentário
Comentando os Fatos, uma nova forma de divulgar conteúdo com credibilidade. Nosso compromisso é divulgar informações diferenciadas, com checagem, apuração e seriedade.
Aqui oferecemos aquele algo mais que ainda não foi dito, ou mostrado.