do Revista Nordeste
É com a cabeça na rede e o pé na estrada que a equipe do Alagoas Colaborativo tem buscado desenvolver o potencial turístico de 16 municípios do interior de Alagoas através do uso da internet. Nesta sexta-feira (22), foram apresentados os resultados da primeira etapa do projeto, que já percorreu os municípios de São Miguel dos Milagres, Barra de Santo Antônio, Porto de Pedras, Japaratinga, União dos Palmares, Chã Preta e Palmeira dos Índios durante 15 dias de viagem.
A primeira fase do projeto ainda envolve mais duas etapas, que irão contemplar 10 novos municípios. A equipe passará quatro dias em cada uma das cidades. A partir da próxima terça-feira (26), o grupo irá a Marechal Deodoro, Batalha, Ouro Branco e Água Branca. No final de novembro, o projeto continua em Jequiá da Praia, Piaçabuçu, Lagoa da Canoa, Pão de Açúcar, Piranhas e Delmiro Gouveia.
A etapa inicial contabilizou mais de 20 horas de vídeo captadas, cinco mil fotos e 1.200 km rodados pela equipe, que é formada por cinco profissionais da web. A iniciativa visa promover a inclusão digital e instigar os habitantes a participarem, de modo colaborativo, da produção de informações sobre os municípios onde vivem. O que comer, onde dormir e o que visitar são os tópicos tratados no guia turístico colaborativo na web, desenvolvido a partir do posicionamento e cooperação dos habitantes.
“Estamos vencendo muitas barreiras para conseguir êxito. Entre elas, podemos destacar o analfabetismo e a exclusão digital. Ao realizar as entrevistas com gestores municipais e atores locais, tentamos sair do óbvio. Buscamos meios alternativos para identificar a identidade, a cultura local e o folclore dos municípios”, revela Daniela Silva, consultora do Laboratório Brasileiro de Cultura Digital, com sede em São Paulo, que coordena o projeto junto à Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento (Seplan) e ao Instituto de Tecnologia em Informática e Informação do Estado de Alagoas (Itec).
Em cada viagem, a equipe do Alagoas Colaborativo capta vídeos e fotos, faz entrevistas com personalidades da cidade – do prefeito ao pescador – para indicar os potenciais turísticos do local e escreve o seu diário de bordo, que pode ser lido no blog do portal Derepente (www.derepente.org).
Após a publicação dessas informações no Wikitravel (portal colaborativo de turismo na internet), no Youtube (portal de vídeos), Flickr (portal de fotos), e nas redes sociais do projeto, como Orkut e Facebook, é realizado o mapeamento dos pontos de interesse da cidade, que entram para o Open Street Maps, um conjunto de mapas digitais livres na internet.
Também são promovidas oficinas gratuitas com a população sobre cultura digital, em Lan Houses ou laboratórios de informática de escolas das localidades. Os participantes são ensinados a publicar conteúdos sobre o turismo na web, utilizando as plataformas wiki, blogs, mapas livres e vídeos. Os habitantes ainda assistem a um vídeo demonstrativo do material que já foi captado durante a visita às cidades. Esse mesmo processo foi desenvolvido em todos os municípios visitados.
Após a apresentação dos resultados para representantes da Seplan, do Sebrae/AL, da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e Secretaria de Estado do Turismo (Setur), houve debate sobre novas possibilidades de parcerias para a iniciativa. O secretário adjunto do Planejamento e do Orçamento, Antônio Carlos Quintiliano, destacou a inovação do projeto desenvolvido pela Seplan em parceria com o Laboratório Brasileiro de Cultura Digital. “Isso nunca foi feito antes. Cabe, agora, darmos continuidade a fim de promover o turismo e a cultura digital em Alagoas. É necessário buscar parceiros que auxiliem esse processo”, destacou.
Agência Alagoas
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