do Correio de Imperatriz
A concretização de uma parceria de cooperação técnica internacional entre o Maranhão e Japão para a realização de estudos e instalação de um plano de desenvolvimento consistente que maximizem os efeitos positivos da instalação de grandes empreendimentos na região de Bacabeira e de São Luís está bem próximo de acontecer.
Técnicos da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) se reuniram, em dois momentos, com técnicos do Governo do Maranhão para debater o tema.
Em um desses momentos, o secretário de Estado do Planejamento e Orçamento, Fábio Gondim, recebeu os técnicos Roberto Kukawo e Masayu Kihonjo para ratificar o propósito e a determinação da administração estadual de atrair mais investimentos para o Maranhão.
“O desenvolvimento virá de qualquer jeito. Temos uma carteira de investimentos que ultrapassam os R$ 100 bi. Mas, precisamos ter um desenvolvimento ordenado em todas as regiões do Estado”, salientou.
Gondim ressaltou ainda a necessidade de o desenvolvimento alcançar todas as regiões do Maranhão, de forma equilibra, evitando, dessa forma, o problema do inchaço de alguns centros e a proliferação de bolsão de miséria em outros. “Precisamos ter um progresso pensando e ordenado, estabelecendo onde teremos os centros industriais, agrícolas, de comércio, sempre com respeito ao equilibro entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental”.
Kukawo e Kihonjo revelaram ao secretário de Planejamento que o estudo a ser realizado deve abranger aspectos como saneamento básico (volume de água), rede de esgotos, uso e ocupação do solo, transporte urbano (corredor de ônibus) e qualificação profissional. “Esse estudo será um Plano Diretor que vai estabelecer para os próximos trinta anos todas as ações e medidas que devem ser implantadas para um crescimento ordenado”, enfatizaram.
O estudo deve abranger, inicialmente, os municípios da Ilha de São Luís (São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa) e os que vão absorver os impactos com a instalação da Refinaria Premium da Petrobrás, entre os quais, Bacabeira, Rosário, Santa Rita, Icatu, Morros e Presidente Juscelino.
Passos
Na Casa Civil, técnicos do Governo do Estado, representados pelas secretarias de Planejamento e Orçamento (Seplan), Infraestrutura (Sinfra), Indústria e Comércio (Sinc), Casa Civil e a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), estabeleceram as primeiras diretrizes e passos para fechar esse acordo de cooperação internacional Maranhão/Japão.
Será criado um Grupo de Trabalho (GT) que vai, em conjunto com a Jica, estabelecer prioridades do Plano Diretor, normas e formas de melhor encaminhá-lo.
O secretário adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Econômico da Secretaria de Indústria e Comércio, José Clementino, lembrou a parceria já existente entre o Governo do Maranhão e a Jica para a realização de estudos de viabilidade técnica para a expansão do Porto do Itaqui. O acordo prevê a análise da construção dos berços 98 e 99 e a melhoria do canal de acesso sul.
O representante da Casa Civil Francisco Leda destacou que a administração está “empenhada e vai realizar todas as ações necessárias para essa cooperação que trará grandes frutos para o Maranhão seja concretizada”.
Já o técnico da Caema José Ribamar Rodrigues enfatizou que nesse acordo um dos itens essenciais que devem ser estabelecidos é a garantia que esses empreendimentos que vão ou via de instalação no Estado assegure a reciclagem da água utilizada.
“A expansão urbana induzida pelos programas habitacionais fez com que a cidade aumentasse sua população em cerca de 80% entre 1960 e 1970”, alertou. Segundo ele, em fins da década de 70 e inicio de 80, iniciou-se o Programa Carajás, o Terminal Pesqueiro, Distrito Industrial e Alcoa fazendo com que a cidade experimentasse mais ritmos de crescimento. “A implantação da Refinaria Premium e outras indústrias periféricas e siderúrgica no município de Bacabeira trará conseqüências diretas no processo de ocupação da Ilha. Os problemas sanitários têm se agravado ao longo dos anos por conta do crescimento demográfico e do acelerado processo de ocupação urbana”, afirmou.
As informações são da Secom do Estado.
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