do Blog do Décio
O presidente do Congresso Nacional, José Sarney, afirmou ao blog na sexta-feira, durante solenidade alusiva à passagem dos 40 anos início da transmissão de Energia da Usina de Boa Esperança, que as candidatas Roseana Sarney (PMDB) e Dilma Roussef (PT) devem vencer mesmo a eleição no primeiro turno. Ele classificou os ataques dos adversários a petista e a peemedebita no horário eleitoral como “desespero dos adversários”.
“Isso é o desespero daqueles que estão vendo que suas oportunidades estão indo embora. Então, eles começam a entrar neste profundo desespero. Acredito que a Dilma e a Roseana ganham no primeiro turno”, disse o senador.
Ao lado do ministro de Minas e Energia Márcio Zimmerman; pelo presidente da Eletrobras, José Antônio Muniz Lopes; e pelo diretor-presidente interino da Eletronorte, Josias Matos Araújo, Sarney contou um pouco da história que foi construir a hidrelétrica. O evento aconteceu no auditório da subestação ad Eletronorte da Coheb e emocionou a todos.
Histórico
Antonio Muniz lembrou sua infância pobre em Pedreiras e chorou ao citar o pai já falecido. Principal homenageado, o presidente do Senado contou a história de como foi difícil conseguir convencer o Governo Militar da viabilidade da obra. Ele era deputado federal quando o então major César Cals, que chegou ao Ministério de Minas e Energia, apresentou-lhe o projeto.
Sarney levou a idéia ao presidente Castelo Branco. Com o deputado piauiense Milton Brandão, procuraram vários ministros até conseguirem os primeiros recursos para o início dos serviços. “Isso é uma loucura. É um castelo no deserto. Não tem consumo”, disse o então comandante da pasta de Minas e Energia, Mauro Thibau.
O então deputado federal usou justamente a citação a “castelo” da frase para provocar o presidente da República que essa seria uma referência ao seu nome. Castelo Branco ficou furioso e determinou a Thibau a realização da obra.
Já no governo, Sarney nomeou César Cals presidente das Centrais Elétricas do Maranhão – ele era também comandante da companhia do Piauí. O fato gerou uma crise política com o governo do Estado vizinho. Na seqüência, enquanto Boa Esperança era erguida, a administração maranhense iniciou a construção das linhas de transmissão até a hidrelétrica.
Quando a obra ficou pronta, o Maranhão conseguiu rapidamente fazer a energia chegar a vários municípios gerando revolta no Piauí. “O governador Floriano Peixoto ficou tão irritado que não me convidou para a inauguração”, lembrou Sarney.
O presidente do Senado contou ainda que a ciumeira foi tão grande que algum tempo depois o presidente Emílio Garrastazu Médici foi inaugurar a estrada São Luís/Teresina em Timon, sem sua presença por pressão da classe política do Piauí. “Nós plantamos as árvores e os frutos estão aparecendo”, concluiu Sarney.
Foto: Paulo Soares/Divulgação.
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