Quando se busca saída simples para questões complexas, não raro o resultado é o erro.
Os que agora empunham a bandeira da desistência de Jackson Lago (PDT), de forma estabanada e peremptória, acreditam que se trata de mera desistência, algo como escolher entre uma camisa vermelha e uma branca.
A Jackson Lago deve-se dar todos os descontos necessários. Ou pelo menos estes dois: 1) possivelmente esta seja a última eleição de que participa (pela idade e por conta da saúde) e 2) e não menos importante, ele tem mais da metade das intenções de voto de Roseana Sarney (46% a 25%).
Só essas duas questões já mostram que a decisão de renúncia de candidatura não é algo que se dê no campo do pacífico. Sem contradição, sem idas e vindas. E, sobretudo, que possa ocorrer sem extrapolar o campo meramente do político. Há muito mais em jogo: uma trajetória de vida.
O tempo joga contra a oposição? Sim, é verdade. Mas quem tem a certeza de que no momento a renúncia é o caminho exato? Sim, porque há dois julgamentos no horizonte. Certo que os dois podem rifar a candidatura de Jackson Lago. Mas também pode ocorrer que pelo menos um o beneficie. O que fazer, então?
Só uma coisa é certa: o momento não é para insensatez. Muito menos para o histerismo político.
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