Há um certo furor supervalorativo de que a internet pode muito nestas eleições. O furor tem ligação direta com as últimas eleições para presidente dos Estados Unidos. Bom, na disputa pela Presidência do Brasil, agora em 2010, a internet tem alguma importância. Mas desconfio que tenha importância mínima, quase traço, na disputa pelos governos no Nordeste, sobretudo em Estados como o Maranhão, que perde até para o Piauí em números de pessoas conectadas à web.
Vejo no twitter que os entusiastas desse furor acreditam piamente que a mudança no Maranhão passa pela internet. Sou levado a dizer que todos ali já têm suas escolhas e formam uma espécie de Clube de Esquina sem Milton Nascimento.
Em Estados como o Maranhão, a internet (particularmente o twitter) tem relevância mínima. A população a quem a informação deveria chegar acessa a internet em lan house. E quem vai à lan house basicamente o faz pelo seguinte: por conta de pesquisa escolar ou para fazer amizade em MSN. As raríssimas exceções só confirmam a regra.
O twitter, por exemplo, tem uma importância: manter em alta o entusiasmo de quem já escolheu o candidato de sua preferência. Mas se o entusiasmo estacionar no twitter, na vã esperança de que poderá ocorrer uma virada via internet, está fadado ao insucesso. No Maranhão a internet poderia ser valiosa se levasse à formação de movimentos de rua. Até aqui não parece ser o caso. O entusiasta da reviravolta por meio da internet não é afeito ao movimento real, fora da tela do computador.
do Blog do Kenard - Notícias e Análises "
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