UM POUCO DA HISTÓRIA POLÍTICA DOS PRINCIPAIS NOMES AO GOVERNO DO MARANHÃO: "
do BLOG DO GILBERTO LIMA
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do BLOG DO GILBERTO LIMA
Roseana Sarney
Roseana Sarney Murad nasceu em 1º de junho de 1953. É a única filha do ex-presidente da República José Sarney e de sua esposa, Marly Sarney. Tem como irmãos o deputado federal Sarney Filho e o empresário Fernando Sarney, responsável direto pelo gerenciamento dos negócios da família.
Após se graduar em Ciências Sociais pela Universidade de Brasília, casou-se em 1976 com o empresário Jorge Murad Júnior. O casal, então, adotou uma filha, Rafaela Sarney. Eles se separaram em 1988, mas reconciliaram-se em 1994, ano em que Roseana ganhou a primeira disputa para o governo do Maranhão.
Roseana foi deputada federal de 15 de março de 1991 a 31 de janeiro de 1994. Em 1992, liderou a bancada dos deputados para atrair indecisos para a movimento que levaria ao impeachment de Fernando Collor de Mello. Por isso, ficou conhecida como a "musa do impeachment".
Em 1994, foi eleita governadora do Maranhão, a segunda mulher a assumir o cargo no país. A primeira foi Iolanda Lima Fleming, que foi governadora do Acre de 15 de maio de 1986 a 15 de maio de 1987.
Na disputa, Roseana obteve 47,18% dos votos válidos; Epitácio Cafeteira ficou em segundo, com 30,79%; e Jackson Lago foi o terceiro colocado, com 20,19%.
Na madrugada do dia 1º de janeiro de 1995, tomou posse ao governo aos 34 minutos do ano-novo.
Em 1998, foi a primeira mulher a se reeleger para o cargo. Roseana venceu fácil com 66% dos votos. Cafeteira ficou com 26,35%.
Renunciou ao cargo em 2001 para se viabilizar sua candidatura à Presidência. Foi substituída no governo por José Reinaldo Tavares, seu vice, que seria reeleito em 2002. Pouco tempo depois, Reinaldo rompeu os laços com a família Sarney, engrossando as fileiras da oposição.
Em 2001, Rosena foi indicada como pré-candidata a presidente do país pelo PFL, chegando a ser segunda colocada nas pesquisas. Viu os planos irem por água abaixo quando se viu envolvida no escândalo de corrupção com a empresa Lunus Participações, dirigida pelo marido. A imagem de R$ 1.340.000,00, em notas de R$ 50,00, não-declarados, correram o mundo e, por muito tempo, foram usados na mídia. As várias versões diferentes sobre a origem do dinheiro, levou a perda de pontos nas pesquisas e posteriror desistencia da candidatura.
O caso levou o rompimento nacional da aliança PFL-PSDB no governo federal, fazendo com que ela e toda a família Sarney passasse a apoiar a candidatura de Lula, em 2002. Roseana sobrevive ao escândalo e consegue o mandato de senadora no Maranhão no mesmo ano.
Depois que José Reinaldo Tavares rompeu com o grupo Sarney em maio de 2004, Roseana foi acusada de usar meios de comunicações da TV Mirante e o jornal O Estado do Maranhão, para atacar o ex-aliado.
Em 2006, foi candidata pela terceira vez ao governo do Maranhão Sem o conrtrole da máquina estatal, perdeu para Jackson Lago, um dos candidatos da “cooperativa de oposição”, bancada pelo governo José Reinaldo. A vitória de Lago se deu por uma diferença pouco maior do que 95 mil votos, com 51,82%. Roseana venceu na maioria dos municípios do estado, mas perdeu nos maiores colégios eleitorais: São Luís e Imperatriz. Em São Luís, por exemplo, Jackson teve 66,60% dos votos. Rosena obteve apenas 33,40%.
Após a derrota, Roseana foi expulsa do PFL em novembro, por fazer, durante as eleições presidenciais de 2006, campanha para o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva. Deveria ter apoiado Geraldo Alckimin, do PSDB.
Em 2006, filiou-se ao PMDB, integrando a base do governo Lula, assumindo uma das lideranças governistas no Congresso, até 17 de abril de 2009. Após a cassação do governador Jackson Lago, assumiu o Governo do Estado e foi substituída no Congresso por Mauro Fecury.
Na noite do dia 16 de abril de 2009, o Tribunal Superior Eleitoral confirmou a cassação do mandato de Jackson Lago e do vice Luís Porto, por abuso de poder econômico e político nas eleições de 2006. Com isso, Rosena retornou ao Palácio dos Leões, tendo como vice-governador João Alberto de Sousa.
Com o controle da máquina estatal, Roseana Sarney vai para seu quarto embate, sustentada por uma ampla aliança de partidos, dentre ele o PT.
Jackson Kleper Lago
Maranhense de Pedreiras, nascido no dia 1º de novembro de 1934, Jackson Lago começou sua trajetória política na década de 1960, participando de eventos contra a ditadura militar. Ligado ao sindicato dos médicos, foi pioneiro na realização de cirurgia torácica no sistema de saúde pública do Maranhão e lecionou na Faculdade de Medicina do Estado. Em 1979, ajudou a fundar o diretório do Partido Democrático Trabalhista (PDT), do qual sempre foi membro, no Maranhão.
Prefeito de São Luís por três ocasiões (1989-1992, 1997-2000 e 2001-2002), Lago teve sua administração reconhecida por avanços nas áreas de saúde, geração de emprego e renda, segurança pública, participação popular, infra-estrutura, meio-ambiente e cultura. Teve administrações marcadas por interação com as comunidades através do “Orçamento Participativo”.
Lago renunciou ao último mandato de prefeito de São Luís, em 2002, para concorrer ao governo do Estado. Teve como sucessor o vice Tadeu Palácio, que terminou se reelegendo em 2004. Foi derrotado por José Reinaldo Tavares, que obteve 51 % dos votos válidos. Jackson, que ficou com 42,52% dos votos.
A vitória de Lago se consumou no pleito de 2006, pois passou a ser apoiado pelo ex-adversário José Reinaldo Tavares, rompido com a família Sarney. O uso da máquina estatal foi fundamental para o êxito da “cooperativa de oposição”. Lago surpreendeu todas as pesquisas de opinião e foi eleito no segundo turno com 51,82% dos votos válidos contra 48,18% de Roseana Sarney.
No entanto, com apenas cinco meses de governo, em maio de 2007, Jackson se viu envolvido na Operação Navalha da Polícia Federal, sendo apontado pela PF como beneficiário de vantagem indevida, por meio de seus sobrinhos, Alexandre de Maia Lago e Francisco de Paula Lima Júnior, presos durante a operação. Segundo a PF, o então governador teria recebido R$ 240 mil para permitir o pagamento, pela Secretaria de Infra-Estrutura do Estado, de R$ 2,9 milhões de uma obra da Gautama, empresa sediada em Salvador (BA
Jackson Lago foi acusado, no final de 2007, de cometer irregularidades como abuso de poder e compra de votos durante as eleições de 2006.
Em 2 de março de 2009, o TSE julgou ação movida pela coligação de Roseana Sarney e decidiu, por quatro votos a três, anular os votos de Lago. Em razão disso, Roseana passou a ter mais da metade dos votos válidos da eleição de 2006, fazendo com que o TSE então determinasse que a mesma tomasse posse. Como havia recursos, Jackson e seu vice, o Pastor Porto, permaneceram no governo.
Em 16 de abril de 2009, o TSE confirmou a cassação do mandato de Lago e Porto, ordenando a posse da senadora Roseana Sarney, segunda colocada.
Lago é casado com a também médica Maria Clay Moreira Lago. Mantém a candidatura mesmo contra a vontade de aliados de Flávio Dino, que queriam uma disputa plebiscitária. Um dos críticos da candidatura de Lago é o ex-governador José Reinaldo Tavares.
Um dos obstáculos do pedetista é a lei da "Ficha Limpa" que impede a candidatura daqueles que já foram julgados e condenados por órgãos colegiados.
Flávio Dino de Castro e Costa
Flávio Dino nasceu em São Luís no dia 30 de abril de 1968. Foi Juiz Federal, abandonando a magistratura para ingressar na vida pública.
Formado em Direito pela Universidade Federal do Maranhão, Dino foi eleito deputado federal pelo Maranhão em 2006 pelo Partido Comunista do Brasil (PC do B). Foi candidato a prefeito de São Luís nas eleições de 2008 pela Coligação Unidade Popular. Foi derrotado no segundo turno pelo ex-governador João Castelo, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
Seu desempenho no pleito municipal o credenciou a disputar o governo do Maranhão, figurando como o novo nome da oposição maranhense. Esperava contar com o apoio formam do PT, mas a direção nacional petista terminou cassando a decisão do congresso do partido no Maranhão que havia deliberado pela aliança com o comunista. Pesaram as pressões do grupo Sarney que queria ver o PT no palanque de Roseana. Mesmo com a decisão, os petistas estão divididos entre Roseana e Flávio Dino.
Flávio Dino tem como principal apoiador o ex-governador José Reinaldo Tavares, candidato ao senado.
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