do Marco Aurélio D'Eça
A coligação PDT/PSDB – leia-se Aderson Lago – impugnou a candidatura da governadora Roseana Sarney (PMDB). Acha que ela pode ser enquadrada na Lei da Ficha-Limpa por, supostamente, ter sido condenada em ações envolvendo uso do seu nome em prédios públicos.
A coligação de Roseana, por sua vez, impugnou o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB). Considera que sua condenação pelo Tribunal de Justiça – em uma ação por conta do acúmulo de salários de governador (ele recebia como titular do cargo e como aposentado) – também pode ser enquadrada na Lei da Ficha Limpa.
No Maranhão, o que parecia distante, voltou à tona: as eleições despontaram para as barras da Justiça. A campanha eleitoral maranhense será, mais uma vez, judicializada.
As ações de impugnação, mais do que uma questão legal, transformaram-se numa arma de constrangimento de adversários.
Neste jogo, o que menos importa é a justiça.
Um exemplo: Jackson Lago tem o caso mais grave a ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Natural que todos os adversários que presam pelas eleições limpas acionassem o tribunal para afastá-lo da campanha.
Mas como Roseana não tem interesse algum em seu afastamento da disptua, sua coligação fez de que conta que não viu o pedetista.
O comunista Flávio Dino, por sua vez, sonha dia e noite com a saída de Jackson, mas como espera herdar seus votos e o apoio do seu grupo, também fingiu que não viu sua condenação.
Assim, o TRE vai servindo apenas como válvula de escape de interesses pessoais – se um adversário pode atrapalhar, impugna-se ele. Se sua presença na disputa ajuda a vencer a eleição, então joga-se suas dívidas judiciais para debaixo do tapete.
O eleitor, que deveria te o direito de escolher livremente, vira apenas um detalhe.
Um mero detalhe sem importância…
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