A Executiva
Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) decidirá hoje os rumos da
legenda no Maranhão para as eleições de 2010. Embora a tese de que o
partido possa optar pela neutralidade em relação às eleições
majoritárias tenha ganhado força nos últimos dias, o grupo que defende
a aliança com o PMDB aposta que sairá vencedora. Menos provável é a
confirmação da aliança com o PCdoB. Tanto que os defensores desta tese
já se contentam com a neutralidade.
Ontem, a
corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), que detém 40% do diretório
nacional, aprovou a aliança PT/PMDB no Maranhão. Agora, trabalha no
convencimento de outras tendências. Para o presidente regional do PT,
Raimundo Monteiro, o encaminhamento é de que o partido feche mesmo a
aliança com o PMDB. "Não tem jeito. Não viu em Minas Gerais? A aliança
com o PMDB é projeto nacional", frisou ele, que está em Brasília para
reunião do diretório.
Além de
Raimundo Monteiro, defendem a aliança com o PMDB no Maranhão o
ex-deputado federal Washington Oliveira; o presidente do diretório
municipal de São Luís, Fernando Silva, e os secretários do partido que
compõem o governo Roseana Sarney - Edmilson Santos (Desenvolvimento
Social), Anselmo Raposo (Educação) e José Antonio Heluy (Trabalho e
Economia Solidária). Todos eles mantêm contato diário com os
representantes da Executiva Nacional que irão decidir o futuro petista.
Inconformismo
- No grupo liderado pelo deputado federal Domingos Dutra, a postura
mudou nos últimos dias. Informados de que são diminutas as chances de
que o PT se coligue mesmo com o PCdoB, eles estão defendendo agora a
neutralidade. É o que mostrou, ontem, o deputado estadual Valdinar
Barros. "É uma posição coerente (a neutralidade)", declarou o
parlamentar.
O grupo
dutrista chegou a realizar encontro clandestino - desautorizado
publicamente pela Executiva Nacional - para definir os supostos
companheiros de chapa do deputado federal Flávio Dino. Os indicados
(Teresinha Fernandes para vice e Bira do Pindaré para o Senado) terão
agora que redefinir outras candidaturas.
Se a tese da
neutralidade for oficializada pela Executiva Nacional, o PT não poderá
coligar com nenhuma outra legenda no Maranhão nas eleições
majoritárias. Para a disputa proporcional, só poderá coligar com outros
partidos que também não estejam em nenhuma outra coligação majoritária.
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