A governadora Roseana Sarney (PMDB) afirmou nesta quarta-feira, durante almoço com jornalistas no Palácio dos Leões, que essa será sua última campanha. Caso eleita em outubro, ela vai trabalhar para consolidar os grandes investimentos no Estado e, no campo político, renovar seu grupo para as próximas eleições. “Tenho um compromisso com meu marido e minha família. Também tem a questão de minha saúde. Se for reeleita vou governar até o fim do mandato e organizar nosso grupo. Acho que já dei minha contribuição”, declarou.
Ele citou os prefeitos Luiz fernando Silva (São José de Ribamar), Júnior Marreca (Itapecuru), Mercial Arruda (Grajaú) e Socorro Waquim (Timon), os deputados Max Barros, Chico Gomes (DEM) e Victor Mendes (PV), os pré-candidatos Alexandre Almeida (PTdoB), ex-presidente do Imeq, e Roberto Costa (PMDB), ex-secretário de Esportes e Juventude, como nomes que podem representar a renovação do seu grupo político. A governadora demonstrou disposição de lançar um candidato “pra valer” nas eleições para a Prefeitura de São Luís em 2012.
Roseana disse que seu candidato a vice será mesmo do PT, sendo o ex-deputado Washington Luiz Oliveira o mais cotado. Em relação ao Senado, a disputa está entre o atual vice-governadora João Alberto Souza (PMDB) e o senador Mauro Fecury (PMDB). Ela não quis citar números de pesquisas, mas disse que João Alberto está muito bem avaliado e chega a superar o senador Edison Lobão (PMDB) em várias cidades. Ela afirmou que avaliação positiva do governo passa dos 60%.
A governadora contou não ter nenhum problema em ter o PCdoB, do deputado Flávio Dino, no governo. “O PCdoB é um aliado, um partido que sempre trabalhou conosco, já fez parte do meu governo, e eu gostaria que voltasse a trabalhar conosco”, disse.
Questionada pelo jornalista Roberto Fernandes sobre a greve de fome de membros do PT, ela apelou para que Terezinha Fernandes, Domingos Dutra e Manoel da Conceição encerrem o movimento. “Espero que eles saiam dessa greve de fome. Eu tive muitos problemas de saúde e por isso acho que não se deve brincar com a vida. Isso não vai mudar nada (a decisão do PT de coligar com o PMDB no Maranhão). Acho que é um pouco de marketing político”, declarou.
A governadora assinalou que sua coligação está aberta a todos os petistas, inclusive Dutra, Terezinha e o deputado Valdinar Barros. Questionada por mim sobre se parte desse movimento dos petistas contra a coligação PT/PMDB não se deve ao fato dessa ala radical ter no discurso contra ela e sua família sua sobrevivência política, respondeu: “É porque eles não estão lendo as pesquisas. Esse negócio de criticar Sarney não dá mais votos”.
Roseana resistiu em comentar o porquê de não ter nomeado o procurador Raimundo Nonato de Carvalho, o mais votado na eleição do Ministério Público, para comandar o órgão. Diante da pressão, acabou soltanto: além de ser prerrogativa do governador Nonato tinha alguns processos, um deles no Conselho Nacional do Ministério Público.
No final do encontro, ela comemorava um reportagem sobre os Lençóis Maranhenses publicada na edição desta quarta-feira do ”The New York Times”. Na foto de Handson Chagas, Roseana mostra a edição eletrônica do jornal americana com a matéria no ipad do marido Jorge Murad.
Daqui a pouco a íntegra da entrevista com Roseana.
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