Polícia investiga morte de bebê decapitado durante o parto em Imperatriz: "
A Polícia Civil vai investigar com profundidade a morte de um
bebê decapitado durante o parto no Hospital Regional Materno Infantil,
em Imperatriz, na noite do último domingo. O caso ganhou grande
repercussão na imprensa e foi registrado na Delegacia da Mulher
pelo pai do bebê, o lavrador Manuel Araújo dos Santos, que estava com
o atestado de óbito em mãos.
Versão do pai
No depoimento prestado à Polícia, Manuel informou que acompanhava
sua esposa, Gesilene dos Santos Silva, no Hospital Regional
Materno Infantil. A jovem estava grávida de nove meses e, segundo o
seu marido, teve uma gravidez normal e fez pré-natal.
Por volta das 18h, Gesilene deu entrada no hospital onde seria feito
o parto normal. Às 21h o médico saiu da sala e disse ao pai da menina
que houve complicações no parto e que o bebê teria ficado preso. Diante
das circunstâncias, o médico cortou a cabeça da criança visando salvar a
mãe. Manuel também informou que o médico disse que, o bebê, que era
uma menina, já estava morto quando o procedimento foi feito.
Para ele, houve negligência médica. Na versão contada por ele, é
relatado ainda, que o obstetra responsável pelo parto teria pedido que
o fato ficasse entre os três envolvidos.
“Ele pediu pra mim que era pra ficar só entre nós três, que a gente
não contasse pra ninguém, até pra que a mãe não entrasse em depressão”,
declarou Manuel.
O bebê, segundo o pai, seria o terceiro que Gesilene teria de parto
normal.
Versão do hospital
De acordo com Clidenor Plácido Sansão, diretor do Hospital Regional
Materno Infantil, foi feito o exame na mãe do bebê onde foi constatado
que a criança já não tinha batimentos cardíacos e que Gesilene foi informada
da situação.
A mãe já apresentava oito centímetros de dilatação e teria que expulsar
o feto. O médico tentou realizar a operação da forma normal, via
vaginal, mas não conseguiu. Morto, o bebê teria inchado dentro do útero,
assim acabou ficando preso. Com a gravidade do caso a criança teve a
cabeça decapitada para que o corpo pudesse ser retirado.
Sansão explicou que durante a gravidez Gesilene tinha diabetes, o
que caracteriza uma gravidez de risco. O alto índice de glicemia pode
ter provocado a morte da criança mais de 48 horas antes do parto.
Inquérito
A delegada Marilley Almeida encaminhou um requerimento ao
Hospital Regional Materno Infantil pedindo explicações sobre os reais
motivos da morte do bebê, e prosseguirá as investigações sobre o caso.
A diretoria do hospital aguarda o laudo exame cadavérico feito pelo
Instituto Médico Legal (IML) de Imperatriz, para se manifestar sobre
a causa da morte da menina.
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