Dragagem do Porto do Itaqui só aguarda a liberação da Marinha: "
A montagem dos sistemas auxiliares da draga No Woman No Cry, que vai executar o serviço de aprofundamento do cais sul e do canal de evolução do Porto do Itaqui, está completa. Nesta semana, chegaram os últimos equipamentos do maquinário: os dois batelões, isto é, barcaças que servem de depósito do material dragado. Desta forma, segundo previsões da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), a dragagem deve ser iniciada até o fim deste mês.
Para dar início ao serviço, segundo informações da Emap, é necessário cumprir trâmites legais junto à Capitania dos Portos do Maranhão (CPMA). Cada batelão tem capacidade de carga de 3 mil m³. Os batelões, denominados Joe Verrochi e Mighty Quinn, integram o conjunto de equipamentos que compõem a draga tipo dipper (escavadeira) No Woman No Cry, a segunda maior já construída pelo estaleiro de Donge, com sede na Holanda.
“É um equipamento de alta tecnologia e totalmente computadorizado que necessita de poucas pessoas para realizar toda a operação. A draga é orientada por um sistema de localização por satélite [GPS]”, disse Hermes Ferreira, presidente da Emap.
A Emap divulgou ainda que a dragagem é fundamental para a construção do berço 100 e retroárea do cais sul (30 mil m²). A dragagem também vai propiciar que os berços 101, 102 e 103 possam ser operados com capacidade plena, isto é, receber navios com calado acima de 10 metros, já que a profundidade a ser atingida com o serviço vai ser de 15 metros, em média, nos atracadouros.
Hermes Ferreira ressaltou que o braço da retroescavadeira vai retirar material de uma profundidade de até 26 metros, a potência da draga é de 1.900 kW com capacidade para dragar 600 m³/hora.
Cronograma - De acordo com a diretoria de infra-estrutura da Emap, o início das operações com a nova draga estava previsto para o mês de fevereiro deste ano, e a conclusão para o mês de maio. O atraso no cronograma da obra foi causado pela demora na entrega do equipamento por parte do estaleiro holandês que construiu a draga. “Estávamos contando com esse equipamento aqui no Itaqui para o mês de janeiro, mas ele só chegou em fevereiro”, informou o gerente de engenharia Ataliba Robles.
O trabalho de dragagem compreende a retirada de 1,2 milhões/m³ do leito do canal de acesso do cais sul (berços 101 a 103) e retro área do berço 100, com orçamento total previsto de R$ 34 milhões, recursos repassados pela Secretaria Especial de Porto da Presidência da República (SEP-PR), oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal.
O material dragado será despejado em duas áreas da Baía de São Marcos que foram previamente autorizadas pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), segundo informações da Emap. A primeira área fica a 4,5 km do Porto do Itaqui e a segunda nas proximidades do Terminal de Cujupe, município de Alcântara.
Após a dragagem, a retro área do cais 100 estará pronta para ser construída e as áreas dos berços 101, 102 e 103 estarão com capacidade plena. “O Porto do Itaqui vai poder operar grandes navios em todos os berços, o que facilitará a atração de cargas que não vinham sendo movimentadas no Itaqui, como o coque”, declarou o diretor de operações do porto, Ronildo Carvalho.
Hopper – O trabalho de dragagem no Porto do Itaqui foi iniciado em agosto do ano passado pela draga Volzee, do tipo hopper (autotransportável), com capacidade de 1.000 m³. Em agosto do ano passado, foi contratada a draga, que iniciou a operação de aprofundamento do canal de navegação das bacias de atracação dos píeres 101, 102 e 103. O equipamento pertencente à empresa Enterpa é do tipo hopper (autotransportável), com capacidade de sucção de 1.000 m³, para a retirada dos sedimentos orgânicos e sólidos de pequena dimensão (areia e pedregulhos). Este tipo de equipamento opera com a embarcação em movimento, retirando os resíduos do leito do canal e depositando-os no tanque do navio para posterior despejo em área pré-determinada.
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