"MULHER MORRE EM TERESINA intoxicada por 'garrafada' DETECTADO em mercados de THE, 'garrafadas' que afirmavam conter até 21 ervas medicinais http://180graus.brasilportais.com.br/geral/mulher-morre-em-teresina-intoxicada-por-garrafada-296664.html
É lamentável a morte de Maria do Nascimento Lopes na tarde desta sexta-feira (19/02) no HUT, possivelmente por intoxicação de uma “garrafada” produzida com ervas preparadas por um curandeiro. É milenar o uso de plantas como medicamentos, mas até que ponto isto é seguro?
Muitas plantas possuem em sua composição, substâncias que alteram funções de nosso organismo, chamamos estas substâncias de princípios ativos. São substâncias químicas, sintetizadas pela planta e que tem ações sobre substâncias presentes em nosso organismo e que exercem funções importantes. Em alguns casos, estas plantas, ou partes delas, podem ser utilizadas diretamente como medicamentos eficazes.
Porém, como todo medicamento, seu uso tem que ser racional. Muitas pessoas imaginam que por se tratar de um produto natural, o mesmo se não fizer bem, é inócuo a saúde. Não é verdade. Se a substância ativa presente em uma erva com propriedades medicinais faz alguma modificação ao nosso organismo, tem também a possibilidade de causar intoxicações, se utilizada em excesso, se o indivíduo for alérgico a esta, se houver alguma outra doença que a contra-indique ou se associada a outras substâncias.
A associação de plantas pode modificar o efeito destas, a ponto de torná-las tóxicas ou pode anular o efeito que o uso de somente uma erva medicinal traria. Isto vale tanto na associação em plantas como com medicamentos químicos. Nunca se deve utilizar a associação de mais de duas plantas, sob o risco de torná-la tóxica ou ineficaz. Muito menos utilize plantas medicinais se já está usando medicamentos prescritos, sem antes consultar o médico ou um farmacêutico.
Já foi detectado em mercados de Teresina, “garrafadas” que afirmavam conter até 21 ervas medicinais em sua composição. Do ponto de vista científico, é uma barbaridade e uma irresponsabilidade o uso de tais produtos. A Vigilância Sanitária do Estado e do Município tem que ficar atentas a estas práticas perigosas e irresponsáveis e autuar estas pessoas que se autodenominam Doutores Raiz.
Se no Brasil realizássemos uma pesquisa mais rigorosa de muitos óbito que ocorrem em pessoas em tratamento, certamente constataríamos não uma morte esporádica pelo uso de “garrafadas”, como pode ter ocorrido hoje, mais muitas outras, em que pessoas são induzidas ao abandono de um tratamento médico sério por um tratamento sem nenhum respaldo científico.
Hoje, o que se busca é encontrar plantas com princípios ativos, extraí-los, realizar todos os teste de toxicidade e eficácia e preparar medicamentos com quantidades conhecidas do principio ativo. Ou se utilizar medicamentos preparados diretamente com partes de uma planta, que se conheça a quantidade exata deste princípio ativo presente, como uma forma de evitar intoxicações.
REPÓRTER: José Vilmore"
É lamentável a morte de Maria do Nascimento Lopes na tarde desta sexta-feira (19/02) no HUT, possivelmente por intoxicação de uma “garrafada” produzida com ervas preparadas por um curandeiro. É milenar o uso de plantas como medicamentos, mas até que ponto isto é seguro?
Muitas plantas possuem em sua composição, substâncias que alteram funções de nosso organismo, chamamos estas substâncias de princípios ativos. São substâncias químicas, sintetizadas pela planta e que tem ações sobre substâncias presentes em nosso organismo e que exercem funções importantes. Em alguns casos, estas plantas, ou partes delas, podem ser utilizadas diretamente como medicamentos eficazes.
Porém, como todo medicamento, seu uso tem que ser racional. Muitas pessoas imaginam que por se tratar de um produto natural, o mesmo se não fizer bem, é inócuo a saúde. Não é verdade. Se a substância ativa presente em uma erva com propriedades medicinais faz alguma modificação ao nosso organismo, tem também a possibilidade de causar intoxicações, se utilizada em excesso, se o indivíduo for alérgico a esta, se houver alguma outra doença que a contra-indique ou se associada a outras substâncias.
A associação de plantas pode modificar o efeito destas, a ponto de torná-las tóxicas ou pode anular o efeito que o uso de somente uma erva medicinal traria. Isto vale tanto na associação em plantas como com medicamentos químicos. Nunca se deve utilizar a associação de mais de duas plantas, sob o risco de torná-la tóxica ou ineficaz. Muito menos utilize plantas medicinais se já está usando medicamentos prescritos, sem antes consultar o médico ou um farmacêutico.
Já foi detectado em mercados de Teresina, “garrafadas” que afirmavam conter até 21 ervas medicinais em sua composição. Do ponto de vista científico, é uma barbaridade e uma irresponsabilidade o uso de tais produtos. A Vigilância Sanitária do Estado e do Município tem que ficar atentas a estas práticas perigosas e irresponsáveis e autuar estas pessoas que se autodenominam Doutores Raiz.
Se no Brasil realizássemos uma pesquisa mais rigorosa de muitos óbito que ocorrem em pessoas em tratamento, certamente constataríamos não uma morte esporádica pelo uso de “garrafadas”, como pode ter ocorrido hoje, mais muitas outras, em que pessoas são induzidas ao abandono de um tratamento médico sério por um tratamento sem nenhum respaldo científico.
Hoje, o que se busca é encontrar plantas com princípios ativos, extraí-los, realizar todos os teste de toxicidade e eficácia e preparar medicamentos com quantidades conhecidas do principio ativo. Ou se utilizar medicamentos preparados diretamente com partes de uma planta, que se conheça a quantidade exata deste princípio ativo presente, como uma forma de evitar intoxicações.
REPÓRTER: José Vilmore"
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